Completou na quarta-feira um mês que a advogada Andréa de Carvalho Furtado Pereira, 30 anos, foi assassinada dentro do seu escritório, em Tabaporã, com três tiros pelo policial militar Valtencir Costa. Até o momento, o criminoso encontra-se foragido. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, disse que pretende marcar uma nova audiência com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, e com o novo comandante da Polícia Militar, coronel Campos Filho, que será empossado no cargo nesta sexta-feira, para cobrar ações mais eficientes para a captura do polical.
Queremos a prisão e o julgamento desse policial disse. Segundo Faiad, a captura e o julgamento justo do militar deverão servir como exemplo na ação de combate a violência contra a classe dos advogados. Segundo ele, o esquecimento do crime pode significar a porta de entrada para a banalização contra a advocacia. Tratamos diariamente com questões de interesses pessoais, empresariais e coletivos. Não podemos aceitar que pessoas matem profissionais da advocacia e permaneçam impunes, foragidos criticou.
No Colégio de Presidentes de Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil, realizado semana passada em Jaciara, os dirigentes de Ordem classificaram o crime e a fuga do policial como sendo uma afronta a toda classe.
Andréa de Carvalho foi assassinada no dia 16 de abril por motivo fútil. Ela tratava da separação de corpos do policial com a esposa. Por determinação judicial, Vantencir deveria cumprir a separação de corpos. A pretexto de discutir o assunto com a advogada, ele marcou uma audiência e acabou matando Andréa com três tiros. O crime chocou a cidade de Tabaporã, cuja população padece com a falta de segurança. Na cidade, não tem juiz designado, delegado de Polícia ou promotor.