A Polícia Civil avançou nas investigações que apuram a morte do advogado e piloto agrícola Giovane Giroto. O delegado Henrique Meneguelo, que preside o inquérito policial, confirmou que são somente duas as linhas de investigação que o caso tomou. "Pode ser algo relacionado a uma causa trabalhista, mas não descartamos a hipótese de crime passional", disse o delegado. Há um mês atrás o caso tinha cinco possibilidades diferentes. Os últimos depoimentos e o trabalho de investigação fizeram a Polícia avançar.
Fora isso, a Polícia já tem suspeitos de terem mandado executar o advogado. "Temos sim alguns nomes, e estamos investigando esse caso em todos os detalhes", afirmou.
Giovane Giroto, foi morto com três tiros disparados à queima roupa, quando retornava do escritório de advocacia onde trabalhava, na esquina da rua Dom Pedro II com a avenida Cuiabá, em pleno centro de Rondonópolis, no último dia 29 de junho. Girotto trabalha a 50 metros do local onde foi assassinado, e os executores segundo testemunhas estava no local do crime desde às 16 horas. Eles após a execução fugiram em uma moto vermelha e chegaram a ser perseguidos por um policial militar à paisana.
O delegado Henrique Meneguelo disse que está investigando ainda alguns fatos que ocorreram no dia da morte de Giovani Girotto. "Teve alguns detalhes que ocorreram neste dia, que ainda precisam ser entendidos", afirmou.
A morte de Girotto teve grande repercussão na cidade, pois além de ser bastante conhecido, ele atuava como tesoureiro da Associação dos Pilotos Agrícolas, e havia trabalhado em grandes empresas ligadas ao agronegócio do Estado, sempre atuando com piloto agrícola. Ele defendia também pilotos em causas trabalhistas na Justiça que atingiram valores milionários. Girotto era formado a apenas um ano, mas já tinha uma grande clientela.
Para tentar elucidar o caso, a Polícia Civil já ouviu 19 pessoas, incluindo a esposa de Girotto e também a cunhada Gelly Moraes. Ela foi testemunha ocular da morte do advogado, pois estava junto com ele no momento da execução e foi atingida por um tiro de raspão. A Polícia ouviu ainda advogado José Luiz Groff Nuñes. Ele, mora no Rio Grande do Sul, e veio para Rondonópolis para prestar esclarecimentos à Polícia, no mês passado. O advogado atuava em conjunto com Gioavani em algumas causas trabalhistas envolvendo pilotos agrícolas.No depoimento, ele revelou que os valores das causas que os dois defendiam variavam entre R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão.