"A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso jamais se curvará diante daqueles que ? equivocadamente e diferentemente da maioria" se julgam superiores e melhores do que os profissionais da advocacia". A afirmação foi feita pelo presidente da Ordem , Francisco Faiad, ao participar na segunda-feira de ato de desagravo em favor da advogada Débora Simone Rocha Faria, na cidade de Poconé. Centenas de advogados participaram do ato, que teve como finalidade repudiar a postura do ex-vereador Celso Fontes (PL) pela agressão física a advogada durante uma sessão no Legislativo.
Faiad destacou que a OAB prosseguirá em Mato Grosso atuando de forma intransigente na defesa da classe. Ele destacou que a entidade vive uma campanha pela valorização da advocacia e atos perpetrado contra a advogada Débora Simone demonstra uma clara tentativa de aviltar a categoria. "Não vamos tolerar muito menos que o que aconteceu aqui em Poconé. Não há justificativa" frisou Faiad. O desagravo foi lido pelo secretário-geral do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, Luiz da Penha Corrêa.
A presença de centenas de advogados e populares na Câmara Municipal, segundo Faiad, foi uma demonstração de que a sociedade mato-grossense, apesar dos vários escândalos, não tolera mais desmandos e arbitrariedade. Além do mais, representou ato de solidariedade a advogada agredida fisicamente, no dia 9 de março passado. "Repudiamos com toda a veemência a postura arrogante do vereador" disse Faiad.
Francisco Faiad observou que a classe dos advogados vem vivendo um período de grande turbulência. Ele destacou que o desrespeito às prerrogativas demonstram a existência clara de segmentos organizados de tentar enfraquecer a advocacia, inclusive, no campo institucional. "Aqui demonstramos mais uma vez a nossa unidade, independentemente de questões políticas" salientou o presidente da OAB.
Faiad informou que o Conselho Seccional aprovou, por unanimidade, a realização de mais dois desagravos em favor de advogados que tiveram suas prerrogativas violadas. Serão desagravados ainda Ádila Arruda Safi e Saulo Moraes e, Mauro Márcio Dias Cunha. "Uma coisa é preciso ficar muito clara: não adianta tentarem intimidar a classe dos advogados. Seja quem for porque sempre estaremos vigilante" disse Faiad.