A campanha eleitoral deste ano contará com o monitoramento de mais de 20 entidades civis, coordenadas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Juntas, elas vão incentivar os eleitores e os partidos a apresentar denúncias sobre irregularidades cometidas durante o pleito. A Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral será lançada no próximo dia 3 de abril, em Brasília, pelos presidentes da OAB Nacional, Roberto Busato e da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo. Para o mesmo dia, está marcado um seminário sobre fiscalização da campanha eleitoral.
Para o presidente nacional da OAB, Roberto Busato os acontecimentos "lamentáveis" do suposto "mensalão" indicaram a necessidade de reforço na fiscalização das eleições. "A sociedade vai exigir comportamento ético dos homens públicos e candidatos a cargos eletivos. A corrupção eleitoral não é nenhuma ficção, mas algo palpável na sociedade brasileira, que já está mais que indignada com esse problema e exige, de uma vez por todas, ética na política", avalia Busato.
Em entrevista à Radiobrás, o advogado Amauri Serralvo, um dos coordenadores da campanha contra a corrupção eleitoral, explicou que os brasileiros terão a possibilidade de denunciar as distorções que ocorrerem no processo eleitoral. "Como titulares do direito do voto, eles são os melhores fiscais", lembra Serralvo.
De acordo com ele, haverá distribuição de materia_2009l de campanha, com cartazes e cartilhas a respeito do direito do voto. A idéia é apresentar aos eleitores as leis, especialmente as que proíbem o uso de recursos públicos e a realização de obras para promoção eleitoral, o atropelo do prazo legal para início da campanha (5 de julho), além da compra de votos ou obtenção através de favores e vantagens.