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Presidente da OAB debate situação dos presídios de Mato Grosso

06/01/2005 16:33 | TV Rondon

    O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso, Francisco Anis Faiad, foi um dos entrevistados de hoje do "Programa de Notícias", da TV Rondon. Na pauta de discussões foram destaques a segurança nos presídios de Mato Grosso e a reforma do Poder Judiciário brasileiro.

    Faiad participou das negociações pelo fim da rebelião na Penitenciária Pascoal Ramos, em Cuiabá. Mais de 200 presos se rebelaram na manhã do dia 3 de janeiro. A rebelião durou cerca de 24 horas. "Há muito tempo se diz que o sistema prisional brasileiro está falido. Essa rebelião só vem comprovar a falência do sistema e deixar todo o povo mato-grossense com medo", declara o presidente da OAB/MT.

    De acordo com o advogado, a apreensão de armas, aparelhos de telefonia celular e drogas pela Polícia Militar dentro do presídio atesta a situação caótica. Ele lembrou que alguns dos presos chegaram a contatar a imprensa local por meio de telefones. "Tudo isso é sinal de que não há presídio de segurança máxima em Mato Grosso. Isso é um verdadeiro absurdo e mostra que a sociedade está refém desse grupo de presos", sentencia.

    Em nome da OAB/MT, o presidente propôs a público que investigações sejam empreendidas para apurar como as armas e celulares entraram no presídio. Faiad também sugeriu a troca constante de guardas na unidade, assim como revistas regulares nas celas, contudo, sem o artifício de agressões, que figuram como uma das principais queixas dos presos. 

    Outro ponto debatido por Francisco Faiad como uma das possíveis soluções ao sistema prisional de Mato Grosso trata de atividades profissionais dentro das penitenciárias e unidades de detenção. Ele ressaltou que o ensino de um ofício, aliado à qualificação profissional, representam arma eficaz no combate à reincidência no mundo do crime.

Ao se remeter a pesquisas nacionais, o presidente da OAB/MT destacou que mais de 50% dos presos voltam a praticar atos criminosos após cumprirem pena. "Os presídios estão muito longe de cumprirem seu motivo primeiro - o de reintegrar as pessoas à sociedade. Eles não foram construídos para que pessoas fiquem lá jogadas o resto de suas vidas", critica.

    Faiad também chamou a atenção dos telespectadores para a atuação de um dos presos no dia-a-dia do Pascoal Ramos. Trata-se do latrocida Sandro da Silva Rabelo, o "Sandro Louco", que, conforme as observações durante a negociação pelo fim da rebelião, é voz ativa sobre todos os demais presos da unidade. "Ele manda e desmanda nos outros presos, ditando até quem pode e quando deve falar. Há hoje um grande império dentro do Pascoal Ramos, dominado por Sandro Louco".


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